Já pensou como a sua boca pode ser importante para a identificação de outras patologias no seu corpo?
Através de exames detalhados e da história clínica do paciente, podem ser diagnosticados problemas de saúde geral através de estruturas, sinais e sintomas presentes na boca.
Por isso, a Clínica Hugo Madeira é composta por uma equipa multidisciplinar para que a consulta de avaliação inclua o plano de tratamento ideal e mais completo, tendo em vista não só a reabilitação dos seus dentes mas também outras áreas como a medicina do sono e pneumatologia.
Neste caso, a paciente apenas apresentava um dente e, tal como se verifica em muitos casos, nunca se conseguiu adaptar à prótese removível por esta apresentar uma cobertura no palato (céu da boca) que a impedia de sentir o sabor dos alimentos.
Esse era o motivo principal pelo qual a paciente não utilizava qualquer tipo de reabilitação para substituir os dentes ausentes, à semelhança do que acontece com cerca de 48% dos portugueses (Dados do Barómetro da Saúde Oral de Portugal, em 2022).
Depois de tantos anos com apenas um dente na boca, pudemos verificar as consequências graves não só a nível articular, mas também muscular e nos efeitos que estas tiveram na sua qualidade de vida, uma vez que também as funções mastigatórias e fonéticas saíram prejudicadas.
Desta forma, tendo em conta a disponibilidade óssea e o perfil facial, a nossa equipa de reabilitação decidiu avançar para colocação de implantes e próteses fixas totais que se enquadram nos parâmetros funcionais e permitiram a recuperação de uma mastigação eficiente, devolveu a capacidade fonética e, claro, um sorriso esteticamente bonito, que foi ao encontro do que era pretendido pela paciente.
A perda dentária e a sua não substituição potencia doenças do foro respiratório e gengival, que podem ser graves e colocam em risco a saúde geral dos pacientes. A título de exemplo, um estudo recente dá conta da relação directa entre perda de dentes e surgimento de doença de Alzheimer.
A mesma equipa de reabilitação oral identificou a suspeita de um distúrbio respiratório do sono e encaminhou a paciente para o exame diagnóstico existente na nossa clínica, que é realizado em ambulatório. A Drª Vânia Caldeira confirmou que a paciente apresentava uma apneia do sono grave e que provoca a obstrução das vias aéreas durante o sono, acarretando riscos cardiovasculares (como hipertensão arterial, arritmias e infarto), metabólicos (por exemplo, a diabetes) e comprometimento de capacidade intelectual, uma vez que os pacientes com esta síndrome apresentam um aumento de sonolência diurna.
Foi iniciado o tratamento ideal para este caso que é a utilização do CPAP – equipamento de pressão positiva onde, através da utilização de uma máscara durante a noite, se previnem paragens respiratórias, melhorando os sintomas e com isto diminuindo os riscos associados à apneia do sono.
A paciente terá de continuar a realizar este tratamento uma vez que falamos de uma doença crónica.
A partir de hoje esta paciente terá muitos mais motivos para sorrir, graças ao esforço conjunto de uma equipa médica multidisciplinar que vai muito além da medicina dentária.